sexta-feira, 27 de julho de 2012

Procuradoria compara o momento de violência em São Paulo com a ditadura

Procuradoria compara o momento de violência em São Paulo com a ditadura


E o governador pensa que jogando a culpa em outra esfera de poder muda a triste realidade.






Alckmin culpa governo federal por violência

O aumento nos indicadores de violência registrados em São Paulo nos último meses colocou novamente órgãos federais e o governo do Estado em rota de colisão.
O procurador da República Matheus Baraldi anunciou ontem, em audiência realizada no auditório do Ministério Público Federal (MPF), que entrará com ação pedindo a destituição do comando da Polícia Militar, que teria "perdido o comando da tropa". Questionado, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que o MPF deveria se preocupar com a omissão do governo federal no combate à entrada de drogas e armas no país.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo sugeriu que a ação tem conotação política. "Estranhamente, o posicionamento do procurador coincide com um momento pré-eleitoral", diz a nota. O chefe da Pasta, Antônio Ferreira Pinto, prometeu entrar com uma representação contra o procurador da República na Corregedoria do MPF.
"Me admira esta ação do MPF que poderia, isto sim, verificar a omissão do governo federal. São Paulo produz cana, laranja, café; não produz cocaína. Isso entra pela fronteira", declarou Alckmin.
O argumento usado pelo governador é o mesmo de quando sofreu críticas pela operação empreendida na região conhecida como Cracolândia. Á época, integrantes do PT avaliaram a operação como truculenta e feita às pressas para não permitir que o governo federal atuasse na questão e ficasse com o crédito.
Alckmin garantiu que os indicadores de criminalidade voltarão a cair. "Tivemos um mês duro em junho. O crime organizado matou policiais, mas é preciso analisar o conjunto". A taxa de homicídios em São Paulo (10,3 mortes a cada 100 mil habitantes no primeiro semestre) é das mais baixas do país.
De acordo com dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, a capital registrou o quarto aumento seguido no número de homicídios. Em junho, foram 47% de mortes a mais do que no mesmo período do ano passado. Foi o mês mais violento na capital paulista nos últimos dois anos.( No Valor Econômico)

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